30 de nov. de 2010

CENSO 2010 - IBGE

Censo 2010: população do Brasil é de 190.732.694 pessoas

Após cerca de quatro meses de trabalho de coleta e supervisão, durante os quais trabalharam 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores, o resultado do Censo 2010 indica 190.732.694 pessoas para a população brasileira em 1º de agosto, data de referência. Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de 20.933.524 pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%.
A região Sudeste segue sendo a região mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).
Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do país, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.
Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens.
Entre os municípios, o que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP). Já o que tinha maior percentual de mulheres era Santos (SP). O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. Bahia é a unidade da federação a contar com mais brasileiros centenários (3.525), São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597)
O Censo Demográfico compreendeu um levantamento exaustivo de todos os domicílios do país. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE,) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros. As comissões funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e participaram de todo o processo de realização do Censo.
Do total dos 67,6 milhões de domicílios recenseados, os moradores foram entrevistados em 56,5 milhões de domicílios. Foram classificados como fechados 901 mil domicílios, em que não foi possível realizar as entrevistas presenciais, mas havia evidências de que existiam moradores. Nesses casos, o IBGE utilizou uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nesses domicílios fechados. Esta é uma prática já adotada por institutos oficiais de estatísticas internacionais de países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, México e Nova Zelândia, igualmente já utilizada na Contagem de 2007 realizada pelo IBGE. A metodologia consiste em atribuir a cada domicílio fechado o número de moradores de outro domicílio, que havia sido inicialmente considerado fechado e depois foi recenseado. A escolha foi aleatória, levando em conta a unidade da federação, o tamanho da população do município e a situação urbana ou rural.
O Censo Demográfico encontrou ainda 6,1 milhões domicílios vagos,ou seja, aqueles que não tinham morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivessem sido ocupados. Casas colocadas à venda (ou de aluguel) e abandonadas são exemplos de domicílios vagos. Os domicílios de uso ocasional, que somaram 3,9 milhões, são aqueles que servem ocasionalmente de moradia, usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim. Já o número de domicílios coletivos (hotéis, pensões, presídios, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, alojamento de trabalhadores, etc) foi de 110mil. Em 2000, do total de 54,2 milhões de domicílios, 45 milhões eram ocupados, 528 mil fechados, 6 milhões vagos e 2,7 milhões de uso ocasional.
Iniciado em 1º de agosto de 2010, os 191 mil recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros e as entrevistas implicaram no recenseamento da população por meio de três métodos: entrevista presencial, questionário pela Internet e, por fim, a estimação do número de moradores em domicílios fechados.
Em suma, o Censo Demográfico 2010 consiste na visita exaustiva de todos os domicílios e entrevistas. O IBGE agradece aos participantes das Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE) e à população pelas informações prestadas. O IBGE espera que os dados coletados sirvam de base para o planejamento público e privado, em favor da melhoria das condições de vida da sociedade brasileira.
Amapá se destaca no crescimento populacional
Embora com perda de participação, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro representam 40,28% no total da população em 2010 (frente aos 40,82% em 2000). Em dez anos, os destaques de crescimento foram verificados no Amapá (40,18%), Roraima (39,10%) e Acre (31,44%). Por outro lado, os menores percentuais ocorreram no Rio Grande do Sul (4,98%), Bahia (7,28%) e Paraná (9,16%).
Brasília e Manaus mudam de posição entre os 10 maiores.
Houve mudanças nos rankings tanto dos 10 municípios mais populosos quanto dos de menor população. Na parte de cima, Belo Horizonte, Curitiba e Recife perderam posição frente aos números de 2000. Por outro lado, Brasília e Manaus subiram de posição, cada um, na lista dos mais populosos.
Já entre os de menor população, André da Rocha (RS) e Nova Castilho (SP) elevaram sua posição. Lavandeira, Rio da Conceição, Tupirama e Ipueiras, todos municípios de Tocantins, saíram da lista dos menos populosos; cederam lugar a Miguel Leão (PI), Uru (SP), Cedro do Abaeté (MG), Araguainha (MT).
 
População urbana sobe de 81,25% para 84,35%
Já em 2010, apenas 15,65% da população (29.852.986 pessoas) viviam em situação rural, contra 84,35% em situação urbana (160.879.708 pessoas). Entre os municípios, 67 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 775 com mais de 90% nessa situação. Por outro lado, apenas nove tinham mais de 90% de sua população vivendo em situação rural.
Em 2000, da população brasileira 81,25% (137.953.959 pessoas) viviam em situação urbana e 18,75% (31.845.211 pessoas) em situação rural. Entre os municípios, 56 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 523 com mais de 90% nessa situação. Por outro lado, 38 tinham mais de 90% vivendo em situação rural e o único município do país a ter 100% de sua população em situação rural era Nova Ramada (RS).
Em dez anos 19 municípios dobraram população
Desde 2000, 19 municípios mais que dobraram sua população – o de maior crescimento foi Balbinos (SP), com 199,47% de crescimento; seguido por Rio das Ostras (RJ), com 190,39%; e Pedra Branca do Amapari (AP), com 168,72%. Na tabela abaixo, é possível verificar a lista completa.
Por outro lado, 1.520 municípios registraram população inferior à existente em 2000. Na tabela abaixo, é possível verificar as cinco maiores quedas.
Homens são maioria em Balbinos (SP). Mulheres, em Santos (SP)
Em 2010, os municípios com maior proporção de homens são: Balbinos (SP), Pracinha (SP) e Lavínia (SP). As listas com os 10 maiores percentuais dos Censos podem ser verificadas abaixo:
Já entre os de maior proporção de mulheres em 2010 se destacam: Santos (SP), Recife (PE) e São Caetano do Sul (SP). Veja os percentuais nas tabelas abaixo:
28 de nov. de 2010

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27 de nov. de 2010

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24 de nov. de 2010

Cuba debate seu futuro



Por Patrícia Grogg, da Agência IPS

Cuba propõe-se a desenvolver sua economia apoiando-se na integração com países amigos, aceitando capital estrangeiro como complemento à inversão nacional, com uso eficiente do capital humano e o aumento da produção de alto valor agregado, entre outras premissas.
O plano, no entanto, será menos paternalista no aspecto social, buscará eliminar gratuidades e o sistema racionado na distribuição de alimentos, segundo o projeto de reorientação da política econômica e social que começou a circular a esta semana, como base para a discussão popular prévia ao VI Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC).
Este evento, convocado para a segunda quinzena de abril, esta encarregado de cunhar reformas que já estão em andamento no sector agrícola e trabalhista, assim como outras que estão sendo estudadas. Estará completamente voltado à atualização do modelo econômico, como indica o presidente cubano, Raúl Castro.
A convocação do VI Congresso pegou muitos de surpresa, mas o fato sua agenda se concentrar apenas num único tema foi qualificado por algo lógico e realista por setores acadêmicos. “A economia é a base e sobre ela se ergue todo o demais”, comentou à IPS um investigador que pediu para não ser identificado.
Acabo de comprar o texto de 32 paginas e ainda não posso opinar com propriedade”, esclareceu. Mas as primeiras paginas de sua cópia já exibiam várias linhas sublinhados e anotações na margem.. “São aspectos que creio necessário esclarecer”, complementou, como para desculpar-se por não se aprofundar sobre o tema.
O documento praticamente já desapareceu dos postos de venda. “As pessoas quase arrancavam das mãos (…). Espero que me tragam outra boa quantidade, porque muitas pessoas não puderam comprá-los”, comentou à IPS uma trabalhadora do correio da capital.
Analistas consideram que o VI conclave do Partido Comunista, postergado desde 2002, permitirá deixar para trás a “economia feita a mão” e passar a uma estratégia ordenada, com etapas claramente definidas, que deve deixar definitivamente para atrás o chamado “socialismo real” para responder às necessidades atuais do país.
Segundo o projeto, a empresa estatal socialista é a forma principal na economia nacional. Entretanto, deve-se “reconhecer e estimular as empresas de capital misto, as cooperativas, os usuários das terras, os arrendadores de estabelecimentos, os trabalhadores assalariados e outras formas que poderão elevar a eficiência do trabalho social”.
Entre as mudanças, espera-se, na distribuição de produtos, “mercados de abastecimento que vendam a preços de atacado e sem subsídios para o sistema empresarial, cooperativas, arrendatários, proprietários (de terra) e trabalhadores assalariados”.
Pessoas interessadas em exercer algum dos 178 serviços autorizados para o trabalho privado consideram a venda atacadista como imprescindível, a fim de baratear os custos de sua produção e serviços. Entretanto,as autoridades alertaram que este passo depende das possibilidades econômicas do pais.
Um aspecto que desperta grande interesse popular é a intenção de avançar na “unificação monetária”, embora o processo dependa, segundo o documento prévio ao Congresso, “dos aumentos da produtividade do trabalho, da efetividade dos mecanismos distributivos e redistributivos, e com eles, da disponibilidade dos bens de serviço”. O parágrafo 54 do texto acrescenta: “Por sua complexidade, [a medida] exigirá uma rigorosa preparação e execução, tanto no plano objetivo como no subjetivo”. Nesta ilha caribenha circulam o peso (a moeda nacional) e o peso conversível (CUC), que desde 2004 substitui o dólar norte-americano.
Entre os aspectos mais sensíveis para um sector importante da população cubana figura a proposta de “implementar a eliminação sistemática da cartela de abastecimento, como forma de distribuição racionada, igualitária e a preços subsidiados, o que beneficia tanto ao cidadão necessitado como ao não necessitado”.
Em matéria de integração econômica, planeja-se dar prioridade à participação na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), cujo nascimento foi impulsionado pela Venezuela, e trabalhar “com velocidade e intensidade” na coordenação, cooperação e complementação econômica a curto, médio e longo prazo para a realização de seus objetivos.
Como “objetivo estratégico”, propõe-se manter participação ativa na integração econômica com América Latina e o Caribe e se conservar o país inserido em articulações regionais, como a Associação Latinoamericana de Integração (Aladi), a Comunidade do Caribe (Caricom) e a Petrocaribe, entre outras. Embora não esteja explícito nos planos, o governo cubano continuará priorizando suas relações com a Venezuela. Junto à convocatória do Congresso, Raúl Castro informou que ambos os países encaminham-se para uma união econômica e decidiram relançar por mais dez anos o convênio integral de cooperação vigente desde 2000.
Segunda a agenda preparatória do congresso, os debates populares em torno do projeto recém-lançado começarão dia 1º de dezembro e se prolongarão até 28 de fevereiro. As opiniões e sugestões “serão levadas em conta para a adoção do documento”, disse Raul Castro, que fez os anúncios ao lado de Hugo Chávez. Posteriormente, no transcorrer de 2011, ocorrerá a primeira Conferencia Nacional do PCC, “para analisar temas internos do partido e outros assuntos de importância nacional”.
Inicialmente, a Conferencia havia sido programada para uma data nprévia ao VI Congresso a fim de eleger os novos integrantes dos organismos de direção do PCC – que incluem o Comitê Central, o Birô Político e o Secretariado –, instâncias que seriam responsáveis de concluir a preparação da conclave. Todavia, o mandatário cubano e segundo secretario do PCC explicou que se decidiu pela inversão da ordem “devido ao avanço na preparação dos documentos necessários para discutir o tema principal, a economia”. Acrescentou que uma primeira cópia do projeto foi entregue a seu irmão mais velho, o ex-presidente Fidel Castro.
O líder histórico da Revolução Cubana adoeceu gravemente em julho de 2006 e no começo de 2008 renunciou à possibilidade de ser reeleito presidente do Conselho do Estado, mas conserva seu cargo de primeiro secretario do PCC, organização definida constitucionalmente como “força dirigente superior da sociedade e do Estado”.
23 de nov. de 2010

Dossie áfrica

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AS CORÉIAS OUTRA VEZ

Coreias trocam acusações sobre novo incidente na fronteira

Fumaça em ilha sul-coreana
Os disparos atingiram casas na Ilha sul-coreana de Yeonpyeong
As Coreias do Norte e do Sul trocaram nesta terça-feira acusações sobre quem iniciou um dos mais graves incidentes entre os dois países desde a Guerra da Coreia nos anos 50.
Em uma troca de disparos de artilharia que durou cerca de uma hora, a Ilha sul-coreana de Yeonpyeong foi atingida e dois soldados morreram, enquanto cerca de 50 pessoas, tanto civis como militares, ficaram feridas.
Seul disse que os disparos do Norte começaram a atingir a ilha, próxima à disputada fronteira marítima entre os dois países, na tarde desta terça-feira (hora local, madrugada no Brasil) e suas forças armadas estão trabalhando no nível de alerta mais alto fora de um período de guerra.
Imagens de televisão mostraram colunas de fumaça saindo de Yeonpyeong, e todos os 1,6 mil moradores teriam sido conduzidos a abrigos, segundo a agência de notícias Yonhap.
O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, avisou que seu país vai "retaliar severamente contra qualquer nova provocação".
"O ataque da Coreia do Norte contra a Ilha de Yenpyeong constitui uma clara provocação armada. Além disso, seu impiedoso ataque a alvos civis é imperdoável", disse a declaração divulgada por seu gabinete.
Mas as autoridades militares da Coreia do Norte dizem não ter sido os primeiros a disparar.
"O inimigo sul-coreano, apesar de nossos repetidos alertas, cometeu diversas provocações militares incautas disparando tiros de artilharia contra nosso território marítimo próximo à Ilha de Yeonpyeong a partir das 13h locais (2h no horário de Brasília)", disse à agência de notícias estatal norte-coreana KCNA o comando militar do país.
A Coreia do Norte "vai continuar a realizar ataques militares impiedosos sem hesitação se o inimigo sul-coreano ousar invadir 0,001 milímetro de nosso território", alertou, sem informar se houve feridos ou mortos do lado norte-coreano.
Clique Leia mais na BBC Brasil sobre a tensão entre as duas Coreias
Tensão
A troca de disparos acontece em um momento de crescente tensão regional, já que no sábado a Coreia do Norte revelou o que seria uma nova usina de enriquecimento de urânio, dando ao país mais um caminho para a possível fabricação de uma bomba nuclear.
Após o incidente, o representante dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, anunciou que não vai retomar as negociações do chamado Grupo dos Seis (Estados Unidos, Japão, China, Rússia e as duas Coreias) sobre o programa nuclear de Pyongyang.
A Rússia pediu calma depois do incidente, enquanto um porta-voz do Ministério do Exterior chinês disse que as duas Coreias deveriam "fazer mais para contribuir para a paz".
"O mais importante agora é retomar as negociações do Grupo dos Seis o quanto antes", disse Hong Lei.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse ter ordenado que seus ministros se preparem para qualquer eventualidade.
"Eu ordenei que eles se organizem para que possamos reagir firmemente, caso algum evento inesperado ocorra", disse ele após uma reunião de gabinete de emergência em Tóquio.
A Casa Branca condenou o ataque firmemente e pediu que a Coreia do Norte suspenda sua "ação beligerante".
O impacto da troca de disparos está chegando ao mercando financeiro, com as moedas coreana e japonesa sofrendo desvalorização.

Entenda a crise entre as duas Coreias

Casas em Yeonpyeong
Os disparos causaram incêndios na ilha de Yeonpyeong
A Coreia do Norte realizou disparos de artilharia contra uma ilha sul-coreana, perto da fronteira, voltando a elevar a tensão entre os dois países.
A Coreia do Sul respondeu também com ataques de artilharia e colocou o seu alerta militar no nível mais alto fora de um período de guerra.
O incidente está sendo visto como o mais grave desde a Guerra da Coreia, nos anos 50, e acontece após oito meses de tensão depois do afundamento do navio de guerra sul-coreano Cheonan.
A BBC Brasil preparou uma série de perguntas e respostas sobre a crise entre as duas Coreias.
O que motivou a troca de disparos?
Ainda não se sabe o que provocou os disparos de artilharia, mas a área da fronteira marítima entre as duas Coreias já foi palco de diversos embates no passado.
Antes do ataque, a Coreia do Norte havia protestado contra exercícios militares sul-coreanos que estavam sendo realizados na ilha de Yeonpyeong, onde agora vários prédios foram atingidos pela artilharia norte-coreana.
Como fica a situação entre os dois países depois do incidente?
Analistas dizem que qualquer reaproximação significativa entre Coreia do Sul e do Norte parece improvável no futuro próximo.
Antes da troca de disparos, havia sinais de que o governo norte-coreano tinha a intenção de se reconciliar com o vizinho do sul. O país havia oferecido retomar o reencontro de famílias divididas, além de indicar que queria retomar negociações na área militar.
Já a Coreia do Sul mandou arroz para a Coreia do Norte pela primeira vez em dois anos, para ajudar a população atingida por inundações.
Mas não houve mais nenhum avanço significativo nas relações entre os dois países. As negociações internacionais sobre o programa nuclear da Coreia do Norte continuam paradas, e a revelação no último fim de semana de que o país teria novas instalações para o enriquecimento de urânio tornou a retomada das conversas ainda menos provável.
Houve alguma razão para que a tensão entre as duas Coréias voltasse a aumentar?
Uma disputa sem resolução sobre o afundamento de um navio de guerra sul coreano neste ano deixou a relação entre os vizinhos - que permanecem tecnicamente em guerra - na pior situação em muitos anos.
Na noite do dia 26 de março de 2010, o Cheonan, um navio de guerra sul-coreano, estava deixando a ilha Baengnyeong perto da fronteira marítima entre as duas Coreias no Mar Amarelo.
Uma explosão partiu o navio em dois e ele afundou. 58 marinheiros conseguiram escapar, mas 46 foram mortos.
Investigadores cogitaram que uma mina dos tempos da Guerra da Coreia pudesse ser responsável pelo incidente ou que a explosão tivesse sido causada por algum defeito no navio, mas acabaram concluindo que foi um torpedo disparado por um submarino norte-coreano que afundou a embarcação. Eles dizem ter encontrado parte do torpedo no fundo do mar com uma inscrição atribuída à Coreia do Norte.
Qual é a posição da Coreia do Norte sobre o assunto?
A Coreia do Norte nega qualquer envolvimento no episódio. O país rechaçou a conclusão dos investigadores e pediu para conduzir sua própria investigação, o que foi negado por Seul.
As possíveis razões para o ataque não foram esclarecidas, mas uma das teorias indica que o ataque poderia ter sido uma forma de Kim Jong-il conseguir o apoio do exército no momento em que ele prepara seu filho para sucedê-lo. Outras possibilidades colocam o ataque como uma ação unilateral do Exército ou ainda uma tentativa de forçar Seul a retomar antigas políticas comerciais e de auxílio ao vizinho do Norte.
Qual foi a reação internacional ao incidente com o navio?
Desde o início, Estados Unidos e Japão expressaram apoio a Seul e à declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando a Coreia do Norte.
Após a declaração, os americanos começaram a realizar uma série de exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul no Mar do Japão. Autoridades militares dos Estados Unidos dizem que os exercícios foram planejados como uma demonstração de força à Coreia do Norte. O Japão também mandou militares para observar, o que indica um suposto apoio ao treinamento.
Os Estados Unidos também anunciaram sanções bilaterais, direcionadas ao comércio de armas e à importação de bens de luxo por Pyongyang.
Mas a China, o maior parceiro comercial e aliado da Coreia do Norte, tem constantemente pedido moderação. Pequim tem evitado tomar medidas duras contra a Coreia do Norte, por querer impedir que o regime do país vizinho entre em colapso, levando a uma perigosa instabilidade e a uma onda de refugiados cruzando a fronteira.
21 de nov. de 2010

BRASIL CRIA O PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

English Information
Frente às interferências das ações humanas sobre o ambiente - que atingiram escala global e magnitude sem precedentes, afetando o funcionamento natural do sistema climático - os formuladores de políticas públicas e a sociedade em geral necessitam de informações objetivas sobre as causas das mudanças climáticas, seus impactos ambientais e socioeconômicos e as possíveis soluções.

Com base nisso, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) foi estabelecido, nos moldes do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês). O papel do PBMC é reunir, sintetizar e avaliar informações científicas sobre os aspectos relevantes das mudanças climáticas no Brasil.

O PBMC irá disponibilizar informações técnico-científicas sobre mudanças climáticas a partir de avaliação integrada do conhecimento técnico-científico produzido no Brasil ou no exterior, sobre causas, efeitos e projeções relacionadas às mudanças climáticas e seus impactos, de importância para o país.

As informações serão divulgadas por meio da elaboração e publicação periódica de Relatórios de Avaliação Nacional, Relatórios Técnicos, Sumários para Tomadores de Decisão sobre Mudanças Climáticas e Relatórios Especiais sobre temas específicos.

SERÁ A 6ª REFERÊNCIA MUNDIAL EM MUDANÇAS CLIMÁTICAS.

ENVELHECIMENTO TARDIO DA POPULAÇÃO FRANCESA E SUAS CONSEQUÊNCIAS


França: a razão dos protestos

Por Mark Weisbrot, no CounterPunch | Tradução Cauê Seigne Ameni
As manifestações que sacodem a França há algumas semanas iluminam certas diferenças em relação a outros países. Os franceses decidiram promover grandes greves, mobilizando milhões de pessoas para irem as ruas e defender seus direitos sociais. É preciso sublinhar que as manifestações são pacíficas: só uma pequena parcela dos manifestantes provoca danos materiais em atos violentos, ao contrário do que sugerem certas matérias na mídia. A ira popular dos franceses é orientada de maneira positiva — ao contrário de países como os Estados Unidos, onde ela desaguou nas eleições parlamentares e provocou a eleição de representantes que farão o máximo para… acentuar o sofrimento dos trabalhadores e da classe média!
Foi impressionante ver os franceses eleger Nicolas Sarkozy em 2007. Este homem fez sua campanha baseando-se na ideia de que a França precisava de uma maior eficácia econômica. Espelhou-se no modelo norte-americano. Não pôde escolher pior momento para se equivocar. A bolha mobiliária já estava para explodir, causando uma grande recessão e levando a maioria das economias para uma crise profunda.
Todavia, Nicolas Sarkozy foi beneficiado por um forte apoio das grandes mídias. Encantadas pelo modelo norte-americano, elas contribuíram para promover muitos dos mitos que marcaram sua campanha eleitoral. Afirmavam que a proteção social francesa e o auxílio-desemprego eram “insustentáveis, numa economia global”; que os empregadores contratariam mais, se pudessem despedir com maior facilidade, e se os impostos pagos pelos ricos fossem reduzidos.
Sarkozy abandonou recentemente algumas das propostas mais impopulares de benefícios fiscais para os ricos — mas outras permanecem. Durante sua campanha, ele também prometeu não elevar a idade mínima para aposentadoria. Ao descumprir o compromisso, num ponto tão sensível, disseminou indignação general. Aposentar-se, na França, tornou-se possível apenas após aos 62 anos (60, na legislação anterior), ou depois dos 67, sem desconto nos vencimentos (antes, obtinha-se isso aos 65). A França igualou-se, portanto, aos Estados Unidos, onde a maior parte das pessoas opta por aposentadoria parcial, acessível a partir dos 62 anos; e quem nasceu após 1959 recebe aposentadoria plena a partir 67.
A maioria da mídia pensa que os franceses são irrealistas e devem aceitar o programa, como em outros países. Argumenta-se que expectativa de vida tem aumentado; portanto, devemos trabalhar por mais tempo. É como se alguém informasse apenas metade de um placar de futebol.
É importante compreender que, assim como a expectativa de vida, o PIB e a produtividade também aumentaram muito nas últimas décadas — o que torna perfeitamente possível ampliar o tempo de aposentadoria.
Na França, a idade de aposentadoria foi definida pela ultima vez em 1983. Desde então, o PIB por habitante aumentou de 45%. O prolongamento da expectativa de vida é muito menos acentuado. Em 1983, havia 4,4 trabalhadores ativos para sustentar cada aposentado. Hoje, são menos: 3,5. Mas o crescimento da renda nacional foi mais que suficiente para compensar essa evolução demográfica.
Se olharmos para o futuro, veremos que o crescimento da renda nacional, nos próximos 30 a 40 anos continuará a ser suficiente para pagar o aumento dos custos das aposentadorias ligados às mudanças demográficas. As futuras gerações poderão aproveitar melhor a vida, em condições mais confortáveis que as de hoje. Basta que a sociedade escolha o padrão de aposentadoria que deseja e como promover os meios para financiá-lo.
Se os franceses quiserem manter os padrões de Previdência atuais, disporão de inúmeras alternativas para financiar esse projeto. Uma delas tem grande apoio da esquerda francesa e é apoiada pelo próprio presidente Sarkozy, no plano internacional. É a tributação das transações financeiras. Um imposto sobre a especulação poderia gerar bilhões de euros – como já ocorre no Reino Unido — ao mesmo tempo em que inibiria transações especulativas sobre os ativos e seus derivados. Os sindicatos franceses e os manifestantes pediram ao governo que considere esta possibiliade.
É perfeitamente razoável considerar que a elevação da expectativa de vida resulte em mais anos de aposentadoria. É o que espera a maioria dos franceses. É possível que eles não conheçam todos os números, mas intuem que, se o país torna-se cada vez mais rico, já não será preciso mais passar a maior parte da vida trabalhando.
Um aumento na idade minima para a aposentadoria é uma medida altamente regressiva que atingirá especialmente os trabalhadores. Em particular, os mais pobres, que têm uma expectativa de vida mais curta. Os assalariados que precisarem se aposentar mais cedo, em função do desemprego ou outras dificuldades, terão cortes de benefícios. Em contrapartida, a mudança não  terá impacto nenhum sobre os mais ricos, que não dependem do sistema publico, mas de suas rendas acumuladas.
A França tem uma nível de desigualdade menor do que a maioria dos países da OCDE. Está entre as cinco nações – das trinta, que fazem parte desse organismo – que viu sua desigualdade baixar, entre a metade dos anos 1980 e meados desta década. Foi a maior queda de desigualdade no grupo, embora a maior parte dela tenha ocorrido entre meadas das décadas 80 e 90.
A França resistiu até hoje a diversas regressões que eliminaram direitos dos trabalhadores — especialmente os de mais baixa renda — nos países ricos. As autoridades europeias (Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e o Fundo Monetário Internacional estão agora acelerando esses processos de regressão nas economias enfraquecidas da zona do euro (como Grécia, Espanha ou Irlanda). Todas essas instituições, junto a muitos dirigentes políticos, tentam utilizar os problemas econômicos como pretexto para contra-reformas.
As enquetes mostram que mais de 70% dos franceses apoiam as manifestações de rua, apesar do transtorno e pertubação que causam. Os franceses estão desgostosos com seu governo de direita, o que multiplica os protestos. Apesar da fraqueza recente dos resultados eleitorais do Partido Socialista, a França tem uma esquerda mais robusta que a maioria dos outros países. Uma de suas grande forças baseia-se na capacidade e habilidade de organizar manifestações em massa — de barricadas a campanhas de sensibilização. Os franceses estão lutando pelo futuro da Europa e dão um grande exemplo aos outros países. Podemos somente esperar que sejamos capazes de bloquear, nos Estados Unidos, novos ataques aos direitos sociais e ao sistema de Seguridade Social  – que já é muito muito menos generoso.
Mark Weisbrot é codiretor do Center for Economic and Policy Research (CEPR), em Washington, DC. Doutorou-se em Economia pela Univerdade de Michigan. Escreveu numerosos artigos de investigação sobre política econômica. É também, presidente da organização Política Externa Justa (Just Foreign Policy) e co-escritor do documentario mais recente de Oliver Stone, South of the Border [Ao Sul da fronteira].

A VERDADEIRA GEOGRAFIA

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